ANA RITA > COLUNISTA

ANA RITA - COLUNISTA

CAINDO DE MADURO

Parece que é natural para determinadas pessoas saírem por aí “soltando o verbo” quando se sentem contrariadas em seus posicionamentos ou mesmo pelo modo com que encaram as situações vivenciadas e, por puro narcisismo, sempre arrumam uma forma de criticar. Sem falar que sempre “acham” que estão com a razão. Todos nós sabemos que rebater, discordar ou mesmo contestar é absolutamente compreensível e, inclusive um direito de todo o cidadão. O que não tem explicação é sair por aí ofendendo as pessoas com colocações nada compatíveis com a postura que se espera, ao menos, de quem se julga bem educado. Bem “nascido”. A bem da verdade, muitas pessoas já perderam a vontade de conviver com quem se porta desta maneira. Porque uma coisa já está certa: a falta de educação e respeito com as posições alheias já se tornou um lamentável fato. Infelizmente é o que estamos acompanhando através dos comentários feitos com extremo cinismo por parte daqueles que não assimilaram que as coisas mudam. As pessoas também.

Não vão, estes prepotentes, querer que acreditemos que estão apenas “brincando”, quando em verdade, o objetivo é fazer “média” com o “trem pagador”. Ora, por favor! O convívio, mesmo que por um período curto com alguém, já é o suficiente para que conheçamos o que há de mais marcante em seu coração, consequentemente, em suas intenções. Bem como, seus hábitos e estratégias. Diz um escritor: “O mais eficaz dos hábitos é o hábito de saber quando se deve mudar de hábito”. Penso que já está mais do que na hora daqueles que continuam, ainda, apegados a prática de ser deselegante, mal educado com os outros, refletir a esse respeito.

Afinal, vivemos em uma cidade relativamente pequena, praticamente freqüentamos os mesmos supermercados, farmácias, lojas, enfim. Então, se torna inevitável que, ao conversarmos, se toque em assuntos do cotidiano. Até aí, tudo bem! O chato de tudo isso é quando a conversa toma um rumo desagradável, desconfortável, pela falta de respeito daqueles que adoram fazer comentários picantes, irresponsáveis e deselegantes. Às vezes até ofensivos.

Nem sempre conseguimos assimilar ou ignorar tais comentários. Afinal, não somos “saco de pancada” de quem se julga acima do bem e do mal. Muitos não recebem estes “comentários” recheados de fel com “bons olhos”. Quando isso acontece comigo é lógico que não gosto. Já retruquei, algumas vezes, todavia asseguro que não tenho permitido que o mesmo se repita. Se partir da mesma pessoa, pior ainda. Para mim, basta uma só vez e pronto! Trato logo de me afastar desse tipo de embate por ter a convicção de que não somará nada para meus propósitos. Entre tantos, evoluir como ser humano. Prosperar profissionalmente.

Portanto, não posso me nivelar com quem adota o sarcasmo como forma de se relacionar com as pessoas. Acredito e muito que a técnica do silêncio, com quem age com deselegância, tem um imenso valor, pois a pessoa sarcástica é vaidosa, por natureza. Detesta ficar sem resposta. Tudo, para poder “soltar” mais fel ainda, pois sente imenso prazer em provocar os outros. Então, o melhor é não dar audiência. É mais sensato deixarmos que elas pensem que podem tudo. Inclusive esquecerem de que possuem “telhado de vidro”. Como todos nós! Por isso é mais prudente que essas pessoas que não possuem nada de produtivo para acrescentar em uma conversa amistosa, falem menos. Antes que escutem o que não gostariam de escutar, pois sempre há aqueles que estão só esperando uma “deixa” para também, “soltar o verbo”.

Entendo todos esses sentimentos pelo ângulo da nossa condição humana que é ainda muito frágil espiritualmente. Não raro, instintos e sentimentos entram em “guerra” interior. Quem sabe, não seja esta a “guerra” que vem fazendo com que essas pessoas mal educadas, arrogantes e prepotentes estejam tão carentes de discernimento quanto de estrutura emocional para lidar com as adversidades. Pode ser! Não sei! O que sei é que não está “pegando bem”. Não é uma forma comportamental recomendável para ninguém. Muito menos para quem têm planos políticos futuros. Pois a natureza é sábia! Existe tempo de plantar e tempo de colher. Sempre!

A propósito: Quantos frutos ainda verdes, mas bem seguros na árvore, já não foram “testemunhas” de outros tantos (frutos) que, por passarem do ponto, acabaram “caindo de maduros” por apodrecerem no próprio pé?

1 Comentário

  1. Se voce está falando de quem eu penso, seus planos políticos foram soterrados. Voce acompanha o noticiário da capital? Imagino que sim. Pessoas da nossa terra são notícia, mas tudo passa um pouco desapercebido.


Sorry, the comment form is closed at this time.

Comments RSS